Nascido no estado do Pará e formado em medicina
veterinária pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Responsável
por recuperar a Coleção de Artrópodes Vetores Ápteros de Importância em Saúde
das Comunidades do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). O
especialista, que atuava no Serviço de Referência para Carrapatos de Interesse
Médico e Veterinário, no Laboratório Nacional e Internacional de Referência em
Taxonomia de Triatomíneos do IOC, dedicou sua carreira à medicina veterinária,
com foco em Parasitologia, Acarologia e Epizootiologia. Nos últimos anos,
destinou sua atenção à investigação de doenças que têm carrapatos como vetores.
Com forte atuação em ensino, orientou mais de cem mestres e doutores em sua
carreira¹.
Nicolau
chegou ao Instituto em 1992 após convite de seu amigo e futuro companheiro de
trabalho José Jurberg, chefe do Laboratório Nacional e
Internacional de Referência em Taxonomia de Triatomíneos¹.
Por meio do convênio de cooperação técnica e científica
entre a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) e o IOC, Nicolau
veio ao Instituto com a função de reiniciar os estudos com carrapatos, tarefa
que cumpriu com maestria¹.
Grande parte da carreira científica de Serra-Freire foi
realizada na UFRRJ. Na instituição, o pesquisador se formou em medicina
veterinária em 1970, concluindo seu mestrado seis anos mais tarde. O
doutoramento seria obtido em 1979. Em seu pós-doutorado, Nicolau optou por
respirar novos ares e foi estudar na Universidade de Edimburgo, uma das
instituições de ensino de maior prestígio da Escócia, onde finalizou suas
pesquisas em 1982¹.
De
volta ao Brasil, Serra-Freire continuou a atuar na UFRRJ como professor,
trabalhando ainda em outras universidades. Em 1992, chegou ao IOC, onde
trabalhou até o seu falecimento, contribuindo para pesquisas na área de
parasitologia e formando quase uma centena de mestres e doutores. “A colaboração
dele para a ciência foi, além de seus estudos, a formação de centenas de
indivíduos”, ressaltou Jurberg¹.
Em sua
carreira publicou 357 artigos científicos, inclusive um na EntomoBrasilis
intitulado "Parasitismo humano por carrapatos na Mata
Atlântica, Rio de Janeiro, Brasil", v. 4, n. 2 (2011). Publicou ainda cinco
livros e 23 capítulos de livros. Orientou 63 disciente de mestrado e 29 de
doutorado, deixando sua contibuição científica e transferindo seu
conhecimento².
Em sua carreira desenvolveu inúmeros projetos, como por
exemplo²:
- Morfologia, Biologia e Taxonomia de Phthiraptera.
- Morfologia, Sistemática, Epizootiologia e importância
dos Acari bioagentes, vetores e veículos de agentes de zoonoses.
Idealizador do "Projeto Controle de Zoonoses Urbanas
pelo controle de populações excedentes de animais em vias e logradouros públicos
através do método de esterilização cirúrgica gratuita para os munícipes", e que
funcionou como convênio PPP (Parceria Pública Privada) entre a Secretaria
Especial de Promoção e Defesa dos Animais - Prefeitura da Cidade do Rio de
Janeiro, e o Curso de Medicina Veterinária da Universidade Estácio de Sá, entre
agosto/2004 e outubro/2007, beneficiou de forma direta mais de 200.000 cidadãos
no Rio de Janeiro, e de forma indireta a mais de 2.000.000 pessoas, por redução
da polulação de animais e incomporação de práticas de direito dos animais, posse
responsável e melhoria da qualidade de vida dos animais e do humano².
Nicolau deixa esposa, 3 filhos e 6
netos¹.